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14
Fev 2008

Um dia sem javascript

Ora meus amigos, vamos lá passar um rico dia a torturar as bases da web 2.0: o javascript! [risos maquiavélicos].

Como sabem, um dos principais componentes “da moda” é usar bastante javascript. Bem, e então se o desligássemos por uns momentos? Conseguiríamos navegar normalmente na web? Pois bem, eu fiz esse teste e vamos lá ver como correu. Escolhi 10 websites que visitava regularmente para este teste. Provavelmente alguns deles serão mais conhecidos que outros, mas todos eles bastante actuais. Vamos lá!

Os 10 sites “felizardos” são os seguintes:

  • Google.pt
  • Search.live.com
  • Del.icio.us
  • Miniclip.com
  • Youtube.com
  • Metacafe.com
  • Hi5.com
  • Mail.live.com
  • Gmail.com
  • Wikipedia.org

Google.pt

O Google, este não podia deixar de estar aqui. Revelo desde já que não há qualquer diferença visual entre o Javascript activado e desactivo: tudo se mantêm. Mas será assim ao nível das funcionalidades? É verdade que o Google não usa muitos efeitos de Javascript, mas ainda assim quis descobrir como se comportaria. Não houve qualquer falha: as opções funcionaram correctamente, até o menu do topo que desliza, foi aberta uma página alternativa que apresentava a informação que se pretendia.

Resultado: OK

Search.live.com

O serviço de busca da Microsoft é bastante recente, pelo que embora não use, resolvi incluir neste teste. A pesquisa funciona perfeitamente sem Javascript: os resultados são apresentados sem qualquer problema. Agora, há uns pequenos problemas: a página apresentada é diferente no endereço, pelo que mostra a preocupação em fornecer suporte a quem não tem Javascript, o que é bom. Ainda assim, as opções não funcionam como devem: alguns menus não são apresentados, porém são diferenças mínimas, pois é possível gravar as opções. Sem muito mais a dizer, penso que foi um resultado positivo.

Resultado: Ok, com algumas falhas

Del.icio.us

O serviço de social bookmarking comprado pela Yahoo! revelou-se bastante robusto e bem programado sem Javascript. O funcionamento manteve-se perfeito: os bookmarks funcionavam, e as opções de alterar também funcionaram, ao abrir em janelas alternativas. Para quem conhece o del.icio.us, sabe que há uma opção que são as bundle tags, que basicamente são conjuntos de tags com um nome. Para juntar as tags é usado um quadro com bastante Javascript, pelo que foi logo ai que “ataquei”. Mas o del.icio.us manteve-se firme: a cada clique, abria uma página em que adicionava a tag ao quadro, sem problemas. Conclusão, manteve-se funcional.

Resultado: OK

Miniclip.com

Será que ainda conseguimos bater uns records com o Javascript desligado? A resposta é sim. Os jogos mantêm-se funcionais, em todas as suas vertentes: até porque são jogos flash, que pouco ou nada têm a ver com Javascript. Porém, alguns dos menus não funcionam e a lista de jogos no topo não é apresentada (fica no “Loading…”). Ainda assim, é possível jogar normalmente.

Resultado: OK

Youtube.com

O famoso serviço de vídeos de entretenimento do Google também foi testado… E os resultados não são nada animadores. O Youtube sem Javascript, perdoem-me qualquer emoção que escape, torna-se inútil. Sim, inútil; vejamos para que vamos ao Youtube: ver um vídeo engraçado, de alguém a pregar uma partida, ver um vídeo da nossa banda favorita, outro ver um vídeo de outra coisa qualquer. Pois bem, sem Javascript, não podemos ver qualquer vídeo, por supostamente “termos o Javascript desligado ou termos de actualizar o flash”. Bem, é fácil perceber a intenção do Youtube, pois provavelmente o Javascript está ligado às propriedades de vídeo do flash, ou ainda à detecção deste. Ainda assim, o Youtube falhou, porque não cumpriu o seu objectivo principal, mostrar os vídeos. Falhou por completo. O restante, embora pouco importe, manteve-se funcional, devido à ausência de uso de Javascript.

Resultado: Falhou

Metacafe.com

Outro site de vídeos de entretenimento… que à semelhança do Youtube, não mostrou qualquer vídeo. O problema foi exactamente o mesmo, falha de detecção do flash. Ok, temos que concordar que dificilmente um browser que não suporte Javascript irá suportar flash. Até mostra algum cuidado na detecção de compatibilidade, o que por exemplo, não ocorreu no Miniclip. Agora cabe a cada um saber se isto e bom ou mau; para mim, não poder aceder à informação que pretendo, sem obter qualquer alternativa é péssimo.

Resultado: Falhou

Hi5.com

Um dos maiores sites de relacionamento social da Europa, também foi testado. A visualização de perfis manteve-se funcional; porém algumas opções falharam, tais como a denúncia de perfis, algumas operações para escrita de texto, etc… Enfim, alguma falta de cuidado com o uso de Javascript. Sem muito mais a dizer, o site manteve-se funcional, cumprindo o seu objectivo, embora com algumas falhas.

Resultado: Ok, com algumas falhas

Mail.live.com

Hora de ver o mail? Bem, vamos lá então consultar o mail do Hotmail. Para este teste, tive de abrir uma pequena excepção, que foi ter de utilizar o Internet Explorer para melhor compatibilidade, pois no Firefox a página não apresenta um rendering perfeito. Não quis que isso fosse factor de crítica por ser do Javascript, até porque iria ser injusto e apesar de não gostar muito da Microsoft (embora, já tivesse gostado menos :P ) queria um teste justo. Porém não tive de me preocupar muito: nem chegou ao início de sessão, o login do serviço Live apresenta de imediato uma mensagem de erro por não ter Javascript activado, e que tenho de ter um browser compatível com Javascript para poder continuar… e quem não tem, azarito. Não há Live Mail para ninguém. Pois, não gostei muito disto… Acho que já sabem o resultado.

Resultado: Falhou

Gmail.com

Já que temos de ver o e-mail, vamos ao Gmail. Já no Firefox novamente, abri o site do Gmail, fiz login normalmente e surpresa: o Gmail, sem qualquer mensagem de erro, manteve-se completamente funcional, embora na vista de HTML simples, sem ajax, ou quaisquer efeitos de Javascript. Ainda assim, esta vista funciona perfeitamente quer na vista de e-mais, que na escrita. As opções funcionam perfeitamente, dá para guardar tudo, etc. A única diferença foi a mensagem no topo, a sugerir para mudar para a vista normal. Ao clicar, aparece o erro que não tem Javascript activo e não é possível continuar, tendo de retornar para a vista de HTML simples. Ainda assim, o Google funcionou perfeitamente, com todas as suas funcionalidades, com excepção de algumas que usam exclusivamente Javascript, como completar os contactos automaticamente. Tirando estas pequenas excepções, funcionou muito bem.

Resultado: OK

Wikipedia.org

O famoso site da Wikipedia não foi excepção deste teste. Eu sei que pouco ou nenhum Javascript usa, mas quis transmitir uma mensagem importante aqui: consegui aceder a toda a informação que pretendia quer com Javascript activado, quer com este inactivo. Sem mais demoras, este teste à Wikipedia apenas quis mostrar que Javascript não é tudo e é possível fazer muitas coisas sem Javascript e manter uma navegação normal.

Resultado: OK

O que posso concluir deste teste?

Antes de mais a minha opinião sobre Javascript: este deve ser usado para embelezar e não para informar, à semelhança das imagens.
Eu sei que não posso falar pela Internet inteira apenas com esta pequeníssima porção de websites, mas mostra alguns dos grandes exemplos da actualidade. O que posso concluir é que alguns websites actuais usam Javascript em demasia, até níveis em que a ausência deste se torna um factor crítico. É verdade que quase todos os browser actuais suporta Javascript, cada vez mais e melhor. Mas se o utilizador tiver por alguma razão, quer pessoal, quer de segurança, de desligar o Javascript, não poderá aceder à informação à alguns sites.

Só para concluir, algumas falhas de falta de Javascript. Há muitas opções, por exemplo de CSS, que podem perfeitamente substituir o Javascript em algumas situações. Outro caso é o uso de menus e opções semelhantes: em caso de falta de Javascript, é muito bom que o webdesigner se preocupe em abrir uma página alternativa para que possa fazer as operações pretendidas.

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