Docks: moda ou usabilidade?
As docks (ou em português, docas) estão bastante populares ultimamente. Não, não me estou a referir às docas onde estão os barcos, mas sim à docas que podem instalar no desktop. Um excelente exemplo é o tão conhecido Dock do Mac. São bonitas, vistosas, mas acima de tudo trazem algumas evoluções face à tradicional barra de tarefas.
As docks são compostas por ícones (opcionalmente com texto associado) e podem ter menus. A sua utilidade é permitir ao utilizador lançar, de forma rápida e acessível, uma aplicação do seu ambiente. Para além disso, contêm ícones das janelas em utilização.
A barra de ferramentas, por outro lado, contém apenas os programas em utilização. Os botões correspondentes aos programas em execução são compostos por um pequeno ícone e uma etiqueta textual com o seu nome. Estes botões, normalmente, têm diferentes aspetos para distinguir uma aplicação minimizada de outra que não o está. Podem conter, opcionalmente, pequenos ícones, para lançar rapidamente programas, à semelhança de uma dock.
Apesar da tradicional barra de tarefas ter, à vista, as funcionalidades necessárias para lançamento de programas, existem algumas melhorias que as docks nos trazem:
- Uma aplicação favorita pode ser lançada rapidamente sem ter que navegar por um menu. Apesar dos menus serem uma boa forma de localizar um item, com a quantidade de aplicações instaladas, estes acumulam-se e torna-se lento procurar uma aplicação no meu de tantas outras.
- Aplicação acessível, sem anular o feedback do estado da aplicação. Enquanto que na barra de tarefas, uma aplicação tem que estar aberta para que apareça na mesma, na dock tal não é necessário: o ícone da aplicação está sempre presente, e o feedback do estado da aplicação está presente, através de um pequeno indicador no ícone (seta, luz, balão, etc)
- Feedback visual. Na barra de tarefas, os utilizadores são quase que forçados a ler o texto descritivo no botão para saberem que aplicação escolher, devido ao tamanho pequeno dos ícones. Numa dock, os utilizadores apenas têm de reconhecer o ícone da aplicação. Podem, opcionalmente, confirmar o nome da aplicação pretendida, passando o rato por cima.
- Notificações fáceis sem redundância. Na barra de tarefas, podemos ter o tabuleiro do sistema (system tray) que guarda os ícones de aplicações em execução, para mais tarde estes no notificarem de algo. Se o programa estiver com a janela maximizada, é apresentado um outro ícone, a mostrar o estado da janela. Isto leva a redundância e duplicação de espaço usado por ícones desnecessariamente. Por sua vez, na dock cada ícone tem o seu indicador, que pode dar todas as informações necessárias através de balões ou outros pequenos indicadores, no próprio ícone.
Resumindo, as docks para além de vistosas, podem aumentar a usabilidade do ambiente de trabalho, face à tradicional barra de tarefas. A Microsoft também descobriu isso, e tal está provado no Windows 7, que contém um misto de barra de tarefas e dock. Noutros sistemas operativos, por exemplo, o Ubuntu, nas versões 11.x foi introduzida uma dock vertical, para aproveitar o espaço livre em monitores widescreen.
Será que as barras de tarefas estão condenadas à morte com a chegada das docks?
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